Fitoquímicos diminuem os riscos de TDAH?

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) possui múltiplas causas que diferem entre os indivíduos e são influenciadas por fatores como variação genética, fatores ambientais (como exposição a xenobióticos e poluentes na vida intrauterina), neuroinflamação, disfunção mitocondrial, dentre outros. A influência da alimentação e nutrição no TDAH, tanto na sintomatologia quanto nos riscos, vem sendo cada vez mais estudada.

Um recente estudo de caso-controle conduzido com 360 crianças e adolescentes iranianas, de 7 a 13 anos, avaliou a associação entre o índice de fitoquímicos da dieta e o risco de TDAH. A ingestão alimentar dos participantes foi avaliada por questionário de frequência alimentar e o índice foi calculado pelo percentual de ingestão dietética de calorias provenientes de alimentos ricos em fitoquímicos. A regressão logística foi examinada para a associação entre o índice e a razão de chances de TDAH.

Os resultados mostraram que os indivíduos com quartil mais alto do índice de fitoquímicos da dieta apresentaram maior ingestão de nutrientes como EPA, DHA, vitaminas B12, B6 e B9, cálcio, ferro e zinco e, em comparação com os participantes com quartil inferior, apresentaram um risco menor de TDAH.

Além disso, houve tendência decrescente significante nas chances de TDAH com o quartil crescente do índice de fitoquímicos da dieta. Mais estudos são necessários para reforçar esses achados.

Os fitoquímicos são majoritariamente provenientes de alimentos de origem vegetal, como como frutas, vegetais, grãos integrais, oleaginosas, sementes e leguminosas.

Referência bibliográfica:
DARABI, Z; SANGOUNI, A; DARAND, M. et al. Dietary phytochemical index and attention-deficit/hyperactivity disorder in Iranian children: a case control study. Eur J Clin Nutr 2022 mar;76(3):456-461.

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