O exercício como medicina mitocondrial muscular

As mitocôndrias são ligadas à saúde muscular, portanto, quando disfuncionais, podem estar relacionadas a condições envolvidas no envelhecimento, como a sarcopenia e atrofia.

O exercício é um potente estímulo para remodelação mitocondrial, ativação e PCG-1α e consequente sinalização de impulso para a biogênese mitocondrial, processos importantes para melhorar a saúde muscular no envelhecimento, na doença e na ausência de reguladores celulares, podendo, então, agir como um “medicamento mitocondrial” no músculo.

Uma revisão publicada em uma das revistas do American College of Sports Medicine relatou evidências sobre a ação do exercício e a atividade mitocondrial, reforçando alguns mecanismos como aumento da expressão de gene mitocondrial e níveis de proteína, aumento de antioxidantes e chaperonas mitocondriais e citosólicas e, mais recentemente, a redução da sinalização para vias apoptóticas e de atrofia, destacando a capacidade única do exercício em promover a remoção de mitocôndrias disfuncionais (centrais em condições patológicas), por meio de um aumento simultâneo da mitofagia e da capacidade de degradação lisossomal.

Os autores discutem o quanto o exercício é excepcionalmente capaz de melhorar o conteúdo e a função mitocondrial através de diversas de vias de sinalização, favorecendo um potencial terapêutico inclusive como terapia adjuvante, que pode melhorar a fisiopatologia reparando e restaurando as mitocôndrias.

Referência:
OLIVEIRA, N.A. et al. American College of Sports Medicine – Exerc Sport Sci Rev; 49(2):67-76, 2021.

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