Câncer de próstata e a associação com produtos lácteos

Nos últimos anos, há crescente preocupação quanto à possível relação entre o consumo de leite e seus derivados com o risco aumentado para o desenvolvimento de câncer de próstata. A publicação de 2018 do documento do World Cancer Research Fund já sugere uma associação de produtos lácteos com câncer de próstata.

A ingestão de produtos lácteos está relacionada com o aumento nas concentrações séricas de insulina e IGF-1, fornecendo quantidade abundante de leucina para ativar mTORC1 o que, consequentemente, estimula a proliferação celular na próstata. Ainda, os estrogênios derivados do leite e os precursores de andrógenos de vacas gestantes, aumentam a captação de leucina mediada por LAT, promovendo ainda mais a ativação de mTORC1.

Um estudo encontrou associação entre o consumo de leite e um maior risco de câncer de próstata. Os pesquisadores observaram que o leite e os laticínios são fontes ricas em cálcio, que podem estimular o crescimento de células da próstata e aumentar o risco de câncer, além disso, altos níveis de cálcio no sangue podem aumentar os níveis IGF-1 associado ao maior risco de câncer.
Uma meta-análise de 2023, publicada na British Journal of Nutrition, encontrou associação positiva para o risco de câncer de próstata quando consumo era de 400g/dia de produtos lácteos, 200g/dia de leite, 40g/dia de queijo e 50g/dia de manteiga.

Adicionalmente, a Escola de Saúde Pública de Harvard publicou o Healthy Eating Plate como uma recomendação para adoção de consumo de alimentos em quantidades relacionadas à prevenção de doenças em geral, como câncer. Para o consumo de leite e derivados recomenda-se 1 a 2 porções por dia.

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